Mar & Arte – Lugar de mulher é na onda

 In Ana Paula Alves / Mar & Arte

Lanço uma reflexão para a comunidade do surf. Este ano vi passar exposições de surfart, mas esquisito… só homem convidado para participar.

Não consegui ver a lista completa dos artistas de prancha do IX Festivalma, só vi propaganda de homens artistas participando. Alguém poderia me informar se teve alguma mulher artista pintando pranchas?

Questionei um dos dirigentes do World Surf League sobre a Rio Surfboard Parade, com 10 artistas representantes do estado do Rio de Janeiro e nenhuma mulher.

Aproveito aqui pra abrir um parênteses e dizer que estou radicada no Rio há quatro anos e, como
autônoma, emito a nota carioca, pra você que quer me contratar.

O que será que está rolando com as mulheres no surf? E na surf arte? E as competições de surf femininas? Se o surf é um esporte tão legal, está acontecendo algo de errado no Brasil?

Você pode dizer que o surf é um esporte radical, mas todos sabemos que há ondas e ondas. Como existem os big riders, também existem os small riders, surf for fun!

Eu por exemplo, no auge de meus 40 anos, sou uma surfista de ondas minúsculas! (Pode rir) Eu vim com um sonho de pranchas para o Rio de Janeiro e acabei na Rede Nami, a rede feminista de arte urbana. Onde aprendi que o machismo é algo histórico e real.

A comunidade surf precisa se conscientizar a respeito! O movimento feminista existe desde a Revolução Francesa e se reafirmou na segunda metade da década de 1960… É recente! Não me admira ainda termos um machismo, mesmo que velado, em nosso meio.

A mulher teve que conquistar seu direito ao voto, o direito de instrução, o de exercer uma profissão ou poder trabalhar.

E parece que está tendo que lutar pelo seu direito de estar no mar e não somente de bquíni na praia. Eu sou uma que adoro fotos na praia, de biquíni.

Mas mulher não é só isso.

Ela é pode ser atleta, surfista, profissional e uma ótima amiga. Bacana é ser rodeado de pessoas bonitas, sem precisar ‘consumi-las’. Legal é termos direitos iguais! A mulher tem outras características, fazem um mundo melhor quando são valorizadas.

Jaqueline Silva fez uma página no Facebook Surf Feminino Sim , um movimento em prol da valorização do surf feminino e pelo retorno das competições profissionais no Brasil.

Lugar de mulher é no mar! Vi várias fotos legais nessa página, onde surfistas como Kelly Slater, Felipe Toledo, Adriano de Souza, Suelen Naraisa Almeida, Phil Rajzman aparecem com uma plaquinha “Surf feminino Sim. Eu apoio!”.

O que aconteceu com o nosso surf? Porque está tão difícil?

Se o surf é tão irado, porque tão poucas mulheres? Quero me juntar à Jaqueline Silva e dizer: “Surf feminino Sim. Eu apoio!”.

Eu nunca fui atleta, por isso sou artista.

Sou uma beach girl e nunca uma bitch girl. É por isso que gosto de respeito! Sim, eu apoio também a Surf Arte Brasileira!

Lugar de mulher é em todos os lugares! Seja no surf ou na arte!

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A gaúcha Ana Paula Alves é uma artista das pranchas de surfe e de outras expressões. Ela recebe encomendas para desenhar pranchas e outras artes pelo email apaulaas@gmail.com

 

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