Santista Julia Santos vence campeonato Seaflowers Digital

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Depois de um pouco mais de três meses de competições, o SeaFlowers Digital chegou ao fim e a santista Julia Santos foi anunciada como a grande campeã. Lançado no dia 9 de novembro de 2017, o campeonato digital criado por Marina Werneck foi um sucesso.

Foram milhares de votos e compartilhamentos, 160 participantes, 18 classificadas, grandes nomes do surf mundial participando como jurados e divulgando, entre eles Silvana Lima, Carissa Moore, Tati West, Teco Padaratz, Jessy Miley-Dyer, além do ídolo Neymar Jr., que também compartilhou a final nas suas redes sociais.

De acordo com Marina Werneck, todas as concorrentes tinham um potencial muito grande, tanto de performance de surfe quanto em influência. Ela conta que metade das concorrentes tinham entre 9 e 16 anos e todas eram muito talentosas e grandes promessas da nova geração.

“A campeã mostrou um nível de surf altíssimo, um talento para integrar a elite mundial com uma linha bem completa de manobras, manobras radicais e inovadoras como os aéreos que é um super diferencial entre as meninas. Não vejo a hora de surfar com ela e vê-la tendo bons resultados nos eventos femininos do circuito mundial no Brasil esse ano”, pontua.

As interessadas deveriam publicar um vídeo através do seu Instagram pessoal e seguir algumas regras que estavam relacionadas nas redes e site oficiais da freesurfer. A avaliação de cada competidora era feita por jurados técnicos e votação popular.

“A primeira edição do Seaflowers digital superou minhas expectativas. Foram diversas meninas do país inteiro participando da triagem. Meninas de diferentes idades, modalidades e níveis de surf. Foi demais! Fiquei super feliz em ver a força da torcida e a quantidade de pessoas votando. Que movimento em prol do surf feminino!”, comemora a idealizadora do projeto.

Marina Werneck reafirma que o foco dela, atualmente, está em trazer de volta os campeonatos e os festivais de surfe feminino, criar conteúdo, influenciar o mercado através de ativações digitais e, principalmente, motivar meninas e mulheres a surfar, viverem o lifestyle do surfe e acreditarem na carreira profissional, e foi dessa motivação que surgiu a ideia de criar o Seaflowers Digital, um campeonato digital com o objetivo de movimentar o surf feminino de forma criativa e revelar grandes talentos.

“Estou muito feliz em proporcionar visibilidade e oportunidades para novos nomes e talentos da nova geração do surf feminino, esse é um dos meus principais objetivos com o Seaflowers. Além da união do surf feminino!”.

E essa motivação e iniciativa já estão rendendo os seus frutos.

“Já conhecia a Marina da época em que ela ainda era competidora, mas nunca havíamos tido contato pessoalmente. Quando ela organizou o campeonato feminino no QS da Praia do Forte, em maio de 2016, passei a ter uma grande admiração pelo empenho dela em reerguer o surf feminino e valorizar a modalidade como ela merece”, relembra Julia Santos que se emociona com a relevância desse título: “Nunca tive muito apoio com relação ao surfe. Sempre sonhei viver profissionalmente do esporte, e confesso que no ano passado passei por uma crise, que realmente pensei em desistir. Me perguntava o que havia de errado comigo. Essa vitória tem um significado muito especial pra mim, porque fez com que eu retomasse a esperança”.

Julia conta que ficou sabendo da competição através de um amigo que mandou a novidade via WhatsApp.

“Sempre acreditei que tinha chance, mas o fato de ser um campeonato virtual me deixou um pouco insegura, afinal nunca havia participado de um, mas pensei: vamos nessa, não tenho nada a perder! O mais difícil foi me acostumar com o julgamento baseado em uma performance em vídeo, mas, por outro lado, foi muito emocionante ver o carinho e empenho de amigos, familiares e muita gente que eu nem conheço torcendo, votando, compartilhando nas redes”, conta.

Nas redes sociais os números foram expressivos, considerando a segmentação do esporte. Ao todo foram mais de 2.4 milhões de views no Facebook e 1.2 milhões no Instagram. A grande campeã ganhou uma Surf Trip para as Ilhas Maldivas, com tudo pago. A viagem, que acontece entre os dias 31 de maio e 09 de junho, será a bordo de um barco de luxo com todo o conforto, exclusividade e estrutura, na companhia de Marina Werneck, do renomado fotógrafo Sebastian Rojas e da equipe de videomakers da produtora Flow Cinema. Ainda há lugares na barca para quem quiser participar da aventura, basta entrar em contato com a Ocean Travel para obter todas as informações.

“Mal consigo esperar. Serão meses de ansiedade (risos), mas uma boa ansiedade. Enquanto a viagem não vem, vou focar no meu treinamento físico, na minha alimentação, no emocional e claro no surf. Não quero decepcionar!”, comemora a grande campeã. “Gostaria de agradecer a Marina, e a todos os patrocinadores e apoiadores do projeto, por acreditarem e se esforçarem para divulgar a modalidade que sempre foi tão pouco valorizada no Brasil”, conclui.

Inédita no país, a competição contou com o apoio da Hurley, Guaraná Antarctica, New Era, Ocean Travel e NN Consultoria.

Marina Werneck nasceu no Rio de Janeiro e desde pequena tem uma relação especial com o mar. Cresceu inserida no mundo do surfe e começou a surfar com 5 anos por influência dos pais e amigos da família. Mudou-se para Florianópolis e na nova cidade o surfe foi se tornando cada vez mais presente no seu dia a dia. Aos 12 anos começou a competir e aos 15 se profissionalizou.

Destaque em circuitos nacionais e internacionais, a surfista profissional passou a dedicar sua carreira, desde 2012, ao Freesurf. Modalidade não competitiva que se tornou tendência entre jovens ídolos mundiais e nacionais valorizando o estilo de vida do surf e tudo o que está relacionado a ele.

Reconhecida como embaixadora do surf feminino, Marina luta para abrir espaço para as mulheres do esporte no Brasil, tendo idealizado o projeto Seaflowers Crown of Surfing em parceria com a World Surf League, que em 2016 colocou novamente em evidência as atletas do país.

Marina também foi uma das protagonistas do filme “Sea, Sun, Flowers” (dirigido por Pablo Aguiar e Manoela D’almeida), primeiro filme de surfe produzido somente com surfistas brasileiras, estampou as páginas do livro “The Love Of Surf”, produzido pela rede australiana Girl Surf Network, estrela constantemente das séries do Canal Off, fez uma participação especial na série JUACAS do Disney Channel e tem uma parceria com a revista Hardcore na qual assina uma coluna.

Marina Werneck

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